24 abril, 2006

HOMO LULENSSIS

Minha irmã é dona de um cão SRD (sem raça definida). Bicho muito inteligente. Bicho muito inteligente? O Magri deve estar dando voltas de alegria no seu túmulo político, afinal, se cachorro também é gente, também é inteligente, oras. Veja-se que sindicalistas postos no executivo federal nunca se notabilizaram por produzir argumentos de qualidade. Voltando ao canis lupus, o bicho é demais. Já estive a ponto de ordena-lhe que falasse, não a golpes de cinzel é claro, tal é a cara que o animal bota em certas ocasiões. Às vezes o comparo com uma pessoa enferma cujos ouvidos e a razão funcionam bem, mas a pobre nada pode expressar. A questão é que o totó por vezes demonstra um certo entendimento. E é baseado nessas demonstrações que tenho esperança de ganhar o Nobel pela descoberta de uma nova espécie: o canis sapiens.

Quanto ao Lula, tenho investigado o sujeito. Acompanhado as notícias. Buscado informações do passado. É surpreendente. É difícil encarar a realidade. Penso se o Buddy (nome do adorável SRD acima citado), muitas vezes postado a meus pés enquanto desfruto das pérolas da razão que escorregam da boca do Lula, atina para tais calamidades verbais. Depois de muito observar resolvi buscar outro critério para aferir a inteligência do Lula. Ainda não encontrei esse método. De qualquer forma continuo sem confiar naqueles que subscrevem sua alta capacidade de raciocinar, a ponto de questionar a minha própria por pô-la, a do Lula, em xeque (com mate na próxima eleição, assim espero).

Mas nenhuma observação é vã. Por vezes ela frutifica de modo diverso do esperado. Assim como encontrei características de gente no cachorro, achei características de cachorro na pessoa. Aí o negócio ficou interessante. Notei como o Lula é fiel. Muito fiel. Fiel demais. Não ao povo. Não aos tais ideais socialistas. Não aos axiomas de campanha. Lula é fiel ao poder. É fiel ao seu grupo. Ele está sempre ali, do lado. Cumpre com fidelidade seu papel de homem-do-povo-que-chegou-a-presidência-da-república. Assim, renovaram-se as minhas esperanças de brilhar no mundo da biologia, desta vez como descobridor da novíssima espécie homo felis (não me responsabilizo por adendos de baixo calão do tipo homo felis da p...).