Tudo está coberto,
percorrido, demarcado.
O tempo foi dinheiro.
Agora lhe sobra, apenas,
a fileira de relógios
por sobre o braço já curto.
Como se a soma dos ponteiros
pudesse alargar a vida.
(poesia classificada em 24 º lugar no I Prêmio Unifor de Literatura)
22 março, 2007
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8 comentários:
... Os mesmos ponteiros que somam nossos poucos encontros, aceleram frente a possibilidade de um novo reencontro...
é teu?
é ótimo.
Belo poema, não sei quais foram os 23 q superaram este, mas tenho certeza q esse não deixou a desejar, e na minha opinião merecia o 1º lugar....
Parabéns pelos textos, sem duvida dá para perceber a intimidade q vc tem com as palavras...
eei... eu quero o autor desse poema pra mim! Tá disponível, tá?
O poema fala um pouco sobre o poeta... e mostra que o tempo, o espaço as memórias o tornam cada dia melhor...
para o mundo e para Deus.
ótimo poema, faça mais desses!
Marton, me dá uma agoniiiiiia quando eu leio esse teu poema. Pra mim, seu texto cumpriu direitinho sua missão:tocou, sensibilizou, instigou reflexão.Diz o Mário Quintana que "um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras".
Poema pequeninho danado... não tinha dado bola pra ele naquele dia na Cultura, mas taí gostei, rsrsrs.
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