12 julho, 2009

ÍMPETO

O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito;
o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos,
e um pequenino os guiará.
ISAÍAS 11:6

A vida é impetuosa. Talvez isso seja melhor observado na África que em qualquer outra parte do planeta. Os saltos do antílope têm o mesmo móvel da corrida do leão: o ímpeto da sobrevivência. Quem pode culpar um leão, escravo dos instintos como qualquer outro ser vivo que não dispõe da consciência de si, de buscar a energia para permanecer vivo na carne do seu semelhante? A fuga da presa tem a mesma essência, a busca pela manutenção da vida.

Mas e o homem? O homem está além dos instintos, ele conhece a moral, a ética, as regras de conduta. Nossos instintos não são capazes de suplantar a nossa capacidade de compreender. Nosso agir não se submete somente às nossas necessidades instintivas de sobrevivência. O ímpeto da vida se manifesta em nós de forma mais sublime, dispomos da razão, nossa serva e senhora, para nos projetarmos como espécie, no futuro. Podemos reconhecer o desejo de permanecer vivo dos outros animais antes que nosso instinto nos ponha a caçá-los.

Todo homem deve, portanto, saber que, quando se alimenta de carne, busca seu sustento na privação da vida de outro ser vivo. Comer um bife significa dar glórias à derrota do ímpeto da vida. Pouco importa se aquele pedaço do que outrora foi um ser vivo irá lhe fornecer energia para, também, permanecer vivo. Isso por que temos a capacidade para reconhecer que nossa vida pode ter continuidade na generosidade dos frutos, dos grãos, das folhas, que nos são dados segundo o plano original de Deus de um mundo sem morte.

Um comentário:

Kaly Freitas Távola disse...

muito bomm.....adorei!!!


beijos

Kaliany Freitas